Nota biográfica de Helena Pato, escrita a partir de: http://www.avante.pt/pt/1847/pcp/28790/
Operário do quadro de funcionários do PCP, corajoso e
dedicado, conheceu a prisão por três vezes, foi submetido às mais violentas
torturas na PIDE e esteve preso 14 anos.
Terá nascido no Seixal e casado na Figueira da Foz. Foi
operário vidreiro desde criança até entrar para a clandestinidade, como
funcionário do Partido. Agostinho Saboga, nas diversas tarefas que realizou,
esteve instalado em vários locais do País, tendo ao seu lado a sua companheira,
Lucinda Mendes. A filha viveu com os pais na clandestinidade até aos 11 anos de
idade (*).
Participou nos dois primeiros congressos ilegais do Partido
(1943 e 1946).
Entre 1946 e 1947, Agostinho e Lucinda Mendes Saboga
instalam-se em Coimbra, mas tiveram que abandonar a casa onde habitavam, pois
tinha sido entretanto detectada pela PIDE.
Em 1948, são capturados na sua casa de Soure.
Agostinho Saboga volta a ser preso em 1953.
Entre 1957 e 1958, Agostinho Saboga e Lucinda estão na
clandestinidade em Matosinhos, mais precisamente em São Mamede de Infesta, numa
casa onde funcionava uma tipografia clandestina. Das mãos do casal saem jornais
e folhetos. A ligação partidária era, então, assegurada por Sofia Ferreira.
Em 1958, sofre a sua terceira e última prisão. É julgado em
Tribunal Plenário, pela primeira vez, e condenado a cinco anos e sete meses de
prisão, com as famigeradas "medidas de segurança".
Morreu com 62 anos, tendo passado 14 anos na prisão.
Na Figueira da Foz foi dado o seu nome a uma rua.
A TODO O VAPOR: Agostinho Saboga foi um combatente pela liberdade. Dedicou a sua vida ao combate contra a prepotência do Estado Novo sendo um grande exemplo da luta anti-fascista. Agostinho Saboga creio que não nasceu figueirense mas foi nesta cidade que se radicou ainda muito novo, aqui casou e constituiu familia foi nesta cidade que nasceram os seus filhos e netos foi na Figueira da Foz que viveu os últimos anos da sua vida já com uma saúde muito precária devido ás sevícias e torturas a que foi sujeito pela policia politica.
Qualquer cidade deveria sentir orgulho em ter entre os seus um homem da estirpe de Agostinho Saboga, não basta escrever o seu nome na Toponímia da cidade este homem merecia muito mais mas tem sido esquecido e a sua luta olvidada. Quando já vi esta cidade presentear cidadãos que nada têm a ver com ela, como mágicos e toureiros, penso que Agostinho Saboga merecia bem mais.
Sem comentários:
Publicar um comentário